quinta-feira, 25 de julho de 2013

TARZAN

TARZAN

JOGADOR: Tarzan
NOME: Aprígio Florentino de Oliveira
DATA DE NASCIMENTO: 
LOCAL: PA
DATA DE FALECIMENTO: 
LOCAL: 
POSIÇÃO: Zagueiro
PERÍODO: 1936 à 1939
JOGOS: 
GOLS: 
ORIGEM: Divisão de Base do Clube
JOGO DE ESTREIA:
Tuna Luso-PA 2 X 2 Bahia em partida amistosa interestadual realizada no dia 19/01/1936
JOGO DE DESPEDIDA:
CLUBES NA CARREIRA: Paysandu-PA, Bahia

TÍTULOS NO CLUBE

* Campeão do Torneio Início de 1937 e 1938
* Campeão Baiano de 1936 e 1938

OBSERVAÇÕES: Em julho de 1939 um fato ocorrido com este jogador ficou conhecido como o "Caso Tarzan". O Bahia rescindiu o contrato deste jogador em face da sua vida irregular. O jogador inconformado se aproveitando da ausência de leis desportivas e da falta de uma Justiça do Trabalho, reclamou na Censura. 


A Censura que era uma autoridade do poder público, resolveu acatar o caso e notificou o Bahia proibindo-o de participar do seu próximo jogo após aquela data, jogo este que seria contra o Vitória, ou seja, o Bahia estava proibido de jogar até que atendesse as revindicações do jogador.


Foi uma atitude insólita do Diretor da Censura, o Sr. Pedro Melo, que chegou a insinuar que os dirigentes de futebol faziam dos clubes o seu meio de vida. O diretor da Censura mostrava com aquela atitude o seu total desconhecimento da realidade do Futebol na época, já que os dirigentes de clubes da época eram um misto de financiadores e abnegados inclusive atuando com grandes sacrifícios materiais e pessoais.


O caso com a Censura extrapolou os limites do Espore Clube Bahia, e assim sendo os Clubes do Estado, a Federação e a imprensa, se solidarizaram com o Tricolor, já que todos eles entendiam que se tratava de uma interferência totalmente indevida e sem sentido e que se a moda pegasse, o futebol estaria com o seu futuro ameaçado.


A Liga havia programado o jogo do Bahia contra o Vitória para o dia 23 de julho de 1939 e o presidente do Rubro-Negro afirmava que, se o mesmo não fosse realizado, suspenderia o campeonato e responsabilizaria o Diretor da Censura. Por sua vez, a Diretoria do Bahia voltou a se reunir e a ratificar a decisão em 16 de julho. Como não poderia deixar de ser a Censura  recuou e no dia 22/07 liberou a programação e o jogo foi realizado.


Apesar disto, o "Caso Tarzan" foi levado a Justiça e o Dr. Orlando Gomes, advogado do Bahia, impetrou um mandado de segurança que foi julgado procedente. O jogador recorreu e o Tribunal de Apelação confirmou a sentença do juiz, já que o Tribunal entendeu que a Censura só deveria interferir em questão de programação de jogos e nada mais. Esta decisão foi tomada em 02 de setembro de 1939. Estava encerrado o caso.
 
FOTO:
 
Betinho, "Tarzan" e Pedro Amorim.

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